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O amor justifica


Nas duas últimas semanas estou envolvida na análise de um livro, trabalho da faculdade, o amor cortês de Tristão e Isolda. Essa obra antecede o amor de Romeu e Julieta, data do século XII, Idade Média.
Em resumo, é a história  de um triângulo amoroso formado pelo rei Marcos, a rainha Isolda e o vassalo Tristão. O casamento é arranjado. Isolda e Tristão se amam, o rei Marcos ama Isolda e é tio de Tristão...aí já viu, né?! Vale a pena ler.
O que mais chama a atenção nessa obra, pelo menos na minha humilde opinião, é a fidelidade, a vassalagem da personagem Tristão. Ele é fiel ao rei e à rainha ao mesmo tempo. Como? É fiel ao rei pois o serve com sua força, astúcia. E também é fiel à rainha, pois a ama e deve seguir as regras do amor cortês.
Mas amando a esposa do tio, ele não estaria traindo-o?
Talvez. Fidelidade conjugal é para nós, naquela época a fidelidade de servir, a vassalagem era muito mais importante. Porém nem Tristão e nem Isolda se arrependem, porque tudo o que fizeram, as mentiras, a traição foi por amor. E o amor justifica.
Estou falando de século XII. Agora, trazendo para os dias de hoje, século XXI, a pergunta que fica é a seguinte: "o amor justifica tudo, até uma traição?"
Na minha opinião não, não nesse tipo de amor a que me refiro, de Tristão e Isolda.
Tudo bem que eles não tinham escolha, outros tempos, outra cultura... mas nos dias de hoje, na nossa cultura, NADA justifica uma traição. Nem a menor que seja. Fidelidade, traição, confiança e respeito, uma delas sozinha destrói as demais.
Ainda não terminei a análise do livro, estou me detendo mais nesse aspecto da fidelidade. Por isso o post, meio sem sentido. Mas fica a dica: Tristão e Isolda, depois de ler esse livro Romeu e Julieta ficaram pra trás, apesar de terem vindo depois.

*Foto encontrada no google imagens

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OpinaGurias | TNB